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Ministério da Saúde prevê 4 milhões de pessoas vacinadas contra Covid-19 no Paraná até 31 de maio, diz secretário

Ministério da Saúde prevê 4 milhões de pessoas vacinadas contra Covid-19 no Paraná até 31 de maio, diz secretário

Até esta terça-feira (9), 394.448 pessoas haviam recebido a primeira dose do imunizante no estado. Paraná tem 1.224 pessoas na fila à espera de um leito de Covid-19, segundo diretor de Gestão de Saúde da Sesa.

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O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou que a programação do Ministério da Saúde é que 4 milhões de pessoas sejam vacinadas no estado até 31 de maio.

A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa do Paraná, durante a prestação de contas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) referente ao último quadrimestre de 2020.

 

"A regularidade disso [chegada de doses] não está nas nossas mãos. O Ministério da Saúde tem negociado com a Pfizer, Moderna e Covaxin. Agora, o que não pode acontecer é o que aconteceu em março, o primeiro anúncio era de 37 mi e isso foi reduzido para cerca de 22 milhões de doses. A programação do Ministério, e esperamos que não atrase, é que até 31 de maio tenhamos vacinado no Paraná 4 milhões de pessoas. São 1,8 milhões com mais de 60 anos, aqueles com comorbidades, doenças crônicas, e entram aí outras categorias, como professores", afirmou o secretário.

 

G1 tenta contato com o Ministério da Saúde, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

Até esta terça, o Paraná havia recebido 853 mil doses de vacinas contra a Covid-19.

Em todo o estado, 517.520 imunizantes haviam sido aplicados, sendo 394.448 vacinas de primeira dose e 123.072 de segunda aplicação.

 

 

Menos doses para o Paraná

 

Segundo o secretário, o estado do Paraná recebe uma quantidade menor de vacinas por conta da quantidade de pessoas do grupos prioritários.

Contudo, ele afirmou ainda que o governo do estado cobra "incessantemente" o Ministério da Saúde para o recebimento de forma proporcional das doses que chegam ao país.

 

 

Sobre a possibilidade de compras diretas de vacinas, o secretário afirmou que o Paraná faz negociações com laboratórios, mas que aguarda o Plano Nacional de Imunização para repasse das doses.

Segundo o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior, a orientação é inclusive do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

"A limitação da compra está condicionada a não execução do PNI, há uma questão clara de exclusividade de contratos que alguns laboratórios têm com o Ministério da Saúde. Temos também a questão dita na quinta-feira (4) para mim e para o Beto Preto pelo ministro Pazuello que se alguém conseguir comprar vacina fora do PNI, a vacina que entrar no Brasil ele vai requisitar para distribuir igualmente por estados e municípios", disse.

 

Fila de espera por leitos

 

Durante a sessão, os representantes da Sesa foram questionados sobre a fila de espera por leitos de Covid-19 no Paraná, que chegou a 1.224 aguardando uma vaga, nesta terça-feira, de acordo com o diretor de Gestão de Saúde.

São 509 pacientes à espera de um leito de UTI e 715 pessoas na fila da enfermaria.

 

 

 

"São pacientes que estão nas UPAs e nos pronto atendimentos de municípios menores ou podem estar em uma enfermaria ou pronto socorro de um hospital de pequeno porte ou que não seja da rede Covid. De foram geral, esses pacientes estão assistidos. Geralmente quando há necessidade de assistencia respiratória eles também têm acesso a isso, mas dentro de uma UTI tem outro manejo desse paciente , então é claro que é importante que eles sejam transferidos", disse o secretário Beto Preto.

 

Variantes da Covid-19

 

O secretário de Saúde ainda afirmou que há, no Paraná, "transmissão vasta e comunitária da variante amazônica da Covid-19".

Segundo ele, a nova cepa tem ainda mais velocidade de transmissão e é uma das responsáveis pela "explosão de casos da doença" no estado.

 

 

Beto Preto ainda disse que a taxa de mortalidade entre pacientes de Covid-19 que são internados em UTIs é de cerca de 40% no Paraná.

 

 

Investimento em saúde

 

Em 2020, conforme dados apresentados pela Sesa, foram gastos R$ 692.169.086,74 pela secretaria no combate à pandemia no estado.

O valor representa investimentos em abertura de leitos, aquisição de equipamentos de proteção individual, e tem origem em todas as fontes de receita.

Em relação ao orçamento do governo estadual, que foi de R$ 46.256.838.687 conforme Lei Orçamentária Anual (LOA), 12,96% foram destinados à Sesa.

O índice é superior ao registrado em 2019, quando 12,2% do orçamento estadual havia sido repassado à saúde.

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