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Maringá PR Gestão Pública Municipal Certificada

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Maringá PR Gestão Pública Municipal Certificada

Maringá é um município brasileiro do estado do Paraná, sendo uma cidade média-grande planejada e de urbanização recente. É a terceira maior do estado e a sétima da região sul do Brasil em relação a sua população, destacando-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser um importante entroncamento rodoviário regional. É considerada uma das cidades mais arborizadas e limpas do país.[8][9]

Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 436 472 habitantes,[5] e sua Região Metropolitana com mais de 800 000 habitantes (dados IBGE/2020).

Planejada pela empresa Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná, em 10 de maio de 1947, Maringá foi uma vila e depois, distrito do município de Mandaguari, sendo elevada à categoria de município pela Lei nº 790, de 14 de fevereiro de 1951, desmembrando-se daquele município.

Com traçado urbanístico inicialmente planejado e modernista, pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, seguindo o princípio de Ebenezer Howard de cidade-jardim, sofreu crescimento acelerado nas décadas seguintes. Ainda assim, o município mantém índices de qualidade de vida elevados, preservando no perímetro urbano grandes áreas de mata nativa como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (bosque II) e o Parque do Ingá, sendo este último aberto ao público. Inclui ainda fragmentos menores como o Parque do Cinquentenário, ou áreas particulares e uma grande rede de áreas de conservação de fundos de vale.

Localização de Maringá no Paraná

História

Fundação

O município tem origem com a colonização do norte do Paraná, que teve início no fim do século XIX. A região, que era predominantemente ocupada por florestas de mata atlântica, atraiu a atenção de produtores rurais paulistas e mineiros devido à presença da "terra roxa", do italiano, terra rossa (vermelha), originada da decomposição do basalto e extremamente fértil. O principal interesse dos fazendeiros era a aumentar a área de produção de café. Para solucionar os problemas de logística da região, um grupo de fazendeiros da região, liderados pelo paulista Antonio Barbosa Ferraz, promoveu a construção de uma estrada de ferro ligando a cidade paranaense Cambará, no “norte velho”, a Ourinhos, no interior de São Paulo.[11]

Em 1923, uma comitiva liderada por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de finanças do tesouro do Reino Unido, veio ao Brasil para negociar uma dívida que o país possuía junto a credores britânicos. Entre os membros da comitiva estava Simon Joseph Fraser, o 16º Lorde Lovat da Escócia, que viajou para procurar terras férteis para cultivar algodão para a indústria têxtil britânica. Lorde Lovat visitou propriedades do interior paulista e, seguindo a trilha das fazendas de café, chegou ao norte do Paraná.[11]

Colonização

Ver artigo principal: Companhia de Terras Norte do Paraná

A fertilidade da terra roxa que atraíram paulistas e mineiros à região alguns anos antes também agradou o britânico, que decidiu investir na plantação de algodão na região e fundou a empresa Brazil Plantation Sindicate, empresa responsável pelo gerenciamento de suas propriedades em terras brasileiras, que mais tarde foi absorvida pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que planejou a colonização da região com a formação de quatro núcleos urbanos, que teriam aproximadamente 100 km de distância uns dos outros: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama. Essas cidades seriam os grandes centros prestadores de serviços da região, sendo interligadas por uma única ferrovia. Entre essas cidades, a cada 15 km aproximadamente, deveriam surgir cidades menores, que teriam a função de ser um ponto de apoio para as propriedades rurais da região, abastecendo-as com produtos de necessidade básica que não eram produzidos no campo, como sal, produtos de higiene pessoal, querosene, roupas, entre outros.[11]

Vista da Capela Santa Cruz em Maringá, construída em 1945.

A divisão dos lotes promovida pela Companhia de Terras Norte do Paraná foi planejada para aproveitar o máximo possível os recursos naturais e logísticos da região. Todas as propriedades deveriam fazer divisa com uma corrente d’água ao fundo, aproveitando os fartos recursos hídricos locais; e com uma estrada de rodagem à frente, para facilitar o escoamento da produção. O primeiro lote de Maringá, de numeração 1/A, foi adquirido pelo padre alemão Emílio Clemente Scherer, que chegou ao país em 1938, fugindo do nazismo. O padre Scherer é considerado o primeiro pioneiro desbravador de Maringá. A propriedade que ele adquiriu, foi batizada de Fazenda São Bonifácio. Foi nesta propriedade que, a 12 de fevereiro de 1940, surgiu a primeira igreja do município, a Igreja São Bonifácio, construída com madeira retirada de árvores cortadas na própria fazenda.[12] Em 1942, surgiu também um pequeno povoado que servia como ponto de apoio aos desbravadores que já começavam a trabalhar nas propriedades rurais locais, o chamado "Maringá Velho".[11] Já a Capela Santa Cruz foi o primeiro templo religioso na zona urbana, sendo construída em madeira em 1945. Preservada, encontram-se no seu interior quadros e imagens sacras, algumas vindas da Espanha.[13][14]

Planejamento urbanístico

O projeto da cidade de Maringá é datado de 1943 e assinado pelo urbanista paulista Jorge de Macedo Vieira, adepto do conceito de "Cidade Jardim" elaborado pelo britânico Ebenezer Howard e responsável pelo projeto de vários bairros de São Paulo. O traçado do município foi desenhado com largas avenidas, canteiros que valorizavam o paisagismo e ruas que seguiam a inclinação natural do relevo o mais fielmente possível. O planejamento contemplava também a divisão da cidade por zonas, de acordo com a função. A região central concentraria o centro cívico, a Zona 1 seria destinada ao comércio e à prestação de serviços, as Zonas 2, 4 e 5 seriam residenciais, enquanto as Zonas 3, 6 e 7 seriam zonas residenciais operárias, e assim por diante. A cidade foi planejada para comportar até 200 mil habitantes.[11]

A fundação oficial de Maringá e data em que a cidade comemora seu aniversário é 10 de maio de 1947, quando a Companhia de Terras Norte do Paraná (que foi adquirida por investidores brasileiros nos anos 1940 e foi rebatizada como Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em 1951) abriu um escritório na cidade.[11]

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