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Anápolis é um município brasileiro do interior do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do país.

Anápolis é um município brasileiro do interior do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do país.

Anápolis é um município brasileiro do interior do estado de Goiás, Região Centro-Oeste do país.

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GESTÃO MUNICIPAL EM AVALIAÇÃO PELA AGÊNCIA DA GESTÃO 

Anápolis é um município brasileiro do interior do estado de GoiásRegião Centro-Oeste do país. Situada no Planalto Central Brasileiro, a 1.017 metros de altitude,[10] possui um clima tropical mais ameno que a capital estadual Goiânia. A cidade está a 50 km da capital goiana e a 140 km da capital federal,[11] fazendo parte de um eixo econômico e populacional que é a maior concentração urbana da região e seu principal polo industrial.[12]

  • Data De Instalação: 01/01/1939
  • Gentílico:  Anapolino
  • População*:  391.772 Habitantes
  • Área:   933,16 Km²
  • Densidade Demográfica:  383.00 Hab/Km²
  • IDH**:  0.737

LOCALIZAÇÃO

  • Mesorregião: Centro Goiano
  • Microrregião: Anápolis
  • Distância Da Capital: 50,58 Km
  • Altitude: 1.017.00 M

GESTÃO MUNICIPAL

  • Prefeito: Roberto Naves E Siqueira
  • Partido: PP
  • Endereço Da Prefeitura: Avenida Brasil, 200 - Centro
  • CEP: 75075-210

*Fonte: IBGE 2021

Com população estimada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 391.772 habitantes,[13] constitui-se no terceiro maior município do estado em população e sua segunda maior força econômica, com um PIB de mais de R$ 14.238,732 bilhões em 2018.[7]

A cidade se firmou como polo industrial, com destaque para o ramo farmacêutico a partir da instalação do Distrito Agroindustrial em 1976.[14] Anápolis foi apontada pela revista Veja em 2010 como uma das Vinte Cidades Brasileiras do Futuro em razão de seu grande potencial logístico.[15] A cidade é cortada pelas rodovias federais BR-153[16]BR-060[17] e BR-414[18], pelas rodovias estaduais GO-222, GO-330, GO-437 e GO-560[19] e pela Ferrovia Centro-Atlântica, sendo ponto inicial da Ferrovia Norte Sul, que está sendo integrada na FCA.

História

Primórdios

O começo da povoação teve início em meados do século XVIII, graças ao movimento de tropeiros na região em direção às lavras de ouro das vilas próximas, como Corumbá e Meia Ponte (Pirenópolis).[11] Os córregos e ribeirões da região ajudavam na movimentação dos tropeiros, provendo lugares de descanso e servindo referência para orientação durante as viagens. Com a exaustão dos veios auríferos, muitos destes viajantes optaram por morar na região, principalmente às margens do Ribeirão das Antas.[25]

O primeiro registro histórico confiável foi feito em agosto de 1819, quando o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, em deslocamento entre Bonfim (Silvânia) e Meia-Ponte, hospeda-se na Fazenda das Antas.[26] Em 1824, um conhecido desbravador da região, o marechal português Raimundo José da Cunha Matos, também cita a propriedade em seu diário, fazenda que era encravada no Rio das Antas, nome pela qual a região era conhecida por causa da abundância deste animal nas redondezas.[22] O também francês Conde de Castelnau relata visita à região em março de 1844. O primeiro documento oficial foi redigido em 25 de abril de 1870, quando um grupo de moradores fazem doação de parte de suas terras para a formação do Patrimônio de Nossa Senhora de Sant'Anna.[25]

Fundação

De acordo com a tradição oral sobre a história local, em 1859 Dona Ana das Dores de Almeida partiu de Jaraguá para Bonfim (Silvânia) numa viagem com tropa de burros.[24] Um dos animais levava a imagem de Sant'Anna, de quem era muito devota. Pararam para descansar nas proximidades do Ribeirão das Antas, quando por motivo desconhecido o animal com a imagem da santa sai em desabalada carreira pelas matas da região. Como já anoitecia, na manhã seguinte dona Ana determina aos peões a busca pelo animal, que encontrado, estava com sua carga espalhada pelo chão. Ao tentar recolocar a mala com a imagem no lombo do burro, os peões não conseguiram retirá-la do chão, levando Dona Ana a interpretar o fato como o sinal de que a santa desejava permanecer no local. Faz então a promessa de erguer ou mandar erguer no local uma capela para abrigar a santa, fato este que foi concretizado por seu filho Gomes de Sousa Ramos no ano de 1871.[24][25]

Seu filho Gomes de Sousa Ramos veio para o local em 1870, aos 33 anos, atraído pela fertilidade da terra e pelo clima. Empreendedor, conseguiu dos moradores, devotos de Santa Ana, a doação de terras para a construção da capela e formação do patrimônio.[25] O início da construção da capela se deu no começo de 1871. Já em 1872, um documento pedido a elevação da povoação à categoria de Freguesia, o que correspondia a paróquia, foi redigido pelo e assinado pelo padre Francisco Inácio da Luz, e também por Gomes de Sousa Ramos e mais 265 pessoas. Datado de 2 de maio de 1872, foi encaminhado ao presidente da Província de Goiás, Sr. Antero Cícero de Assis, por Gomes de Sousa, que enfrentou vários dias de viagem a cavalo para entregar o abaixo assinado na capital da província, Vila Boa, hoje Cidade de Goiás. Em 6 de agosto de 1873, o povoado foi elevado à Freguesia através da Lei Provincial nº 514, com o nome de Freguesia de Sant´Anna das Antas,[2][25] desmembrada da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.[27]

Inauguração da Estrada de Ferro, em 7 de setembro de 1935.

Emancipação

José da Silva Batista mudou-se para a região das Antas em 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia-Ponte (Pirenópolis) como professor. Zeca Batista, como era conhecido, exercia também o comércio. Nesta época, a Freguesia fazia parte do território da Intendência de Meia Ponte e junto com Gomes de Sousa Ramos, lutam e conseguem a emancipação política e administrativa da Freguesia na categoria de Vila por força da Lei nº 811, de 15 de dezembro de 1887.

Devido a múltiplos obstáculos, sobretudo, pelas dificuldades levantadas pelas autoridades meia-pontenses, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação oficial da Vila só se concretizou em 10 de março de 1892, com José da Silva Batista sendo nomeado presidente da Junta Administrativa da Vila de Santana das Antas.[11] Infelizmente, Gomes de Souza Ramos morrera em 22 de Setembro de 1889 e não viu a concretização de seu sonho. Em um depoimento de 1887, o pernambucano Oscar Leal escreve:[2][25][28]

Antas!... Sepultada no meio do deserto, longe das grandes estradas que ligam a capital goiana às principais praças do sul do Estado a vila ou povoação das Antas, surge à vista do forasteiro, depois que se desce a chapada, em extenso vale, cercado de um mutismo tão belo e sedutor que seria o bastante para ali fundarem um estado os poetas da antiga Babilônia. Na vila das Antas há meia dúzia de pessoas com as quais se pode travar conversação e uma destas é o Sr. José Batista... Consta de duas ruas paralelas que atravessam o largo da matriz, a qual fica situada bem no centro da povoação... Sua população, segundo os meus cálculos na falta de estatística, orça por uns 800 habitantes... Tem umas seis lojas de fazendas mal sortidas e algumas tabernas que vendem fumo, cachaça e mantimentos. O clima é saudável e as águas magníficas.

Estação ferroviária de Anápolis, 1958. Arquivo Nacional.

Por meio de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente Lopo de Sousa Ramos, e o primeiro conselho municipal, formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira. Já contando com autonomia administrativa e base territorial, a Vila de Santana das Antas foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto-Lei nº 320 de 31 de julho de 1907, assinado pelo então presidente do estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, passando a ser denominada de Anápolis, sendo considerado hoje, de forma errada, como a data natalícia da cidade.[2][29] Na verdade, a vila passou a ter independência político e administrativa em 15 de dezembro de 1887, quando foi transformada em Vila de Santana das Antas, instalada em 10 de março de 1892.[2][30]

Através do pioneirismo de Francisco Silvério de Faria e do engenheiro Ralf Colleman, a cidade passa a contar com a energia elétrica em 9 de janeiro de 1924, sendo a primeira cidade do estado a contar com este benefício[31]. A instalação do telégrafo deu-se em 1926, a ferrovia chegou em 7 de setembro de 1935 e os telefones em 1938. Em 1927 foi fundado o Hospital Evangélico Goiano, pelo médico e missionário evangélico pernambucano de origem inglesa, Dr. James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro-oeste brasileiro.[32] Em 1939 foi fundado o Hospital Nossa Senhora Aparecida e em 1943 surge o primeiro bairro, o Jundiaí, lançado pela Companhia Imobiliária de Anápolis, de Jonas Duarte, Plácido de Campos e José Cândido Louza.[30][31]

Geografia

Vista de Anápolis a partir da Escola Municipal João Luiz de Oliveira, no Setor Central.

Anápolis está localizada a 53 quilômetros da capital de Goiás, Goiânia e a pouco mais de 130 km da capital federal, Brasília.[33]

Considerada um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, a cidade é ligada à Goiânia pela rodovia duplicada BR-060/153, a Brasília pela duplicada BR-060, ao norte do país pela BR-153, à cidade de Nerópolis pela GO-222, à cidade de Leopoldo de Bulhões pela GO-330, à cidade de Corumbá de Goiás pela BR-414 e à cidade de Gameleira de Goiás pela GO-437.[34] É o terceiro maior município em população do estado de Goiás. Faz parte da região do eixo Goiânia-Brasília, considerada a mais desenvolvida da Região Centro-Oeste.[35]

O município limita-se ao norte com o município de Pirenópolis, a leste com os municípios de Gameleira de Goiás e Abadiânia, ao sudoeste com o município de Silvânia, ao sul com os municípios de Leopoldo de BulhõesTerezópolis de Goiás e Goianápolis e a oeste com os municípios de NerópolisCampo Limpo de Goiás e Ouro Verde de Goiás.[1] Pelo seu territórios passam os ribeirões João Leite, Ribeirão das Antas, Piancó e Padre Sousa, dentre outros.[36]

Relevo

Anápolis está situada numa região chamada de "Planalto do Alto Tocantins-Paranaíba", subunidade no Planalto Central brasileiro.[37][38] Latossolos, isto é, solos minerais e homogêneos,[39] predominam tanto nas regiões mais planas quanto onde o relevo é mais acidentado.[38]

Em geral, o terreno do município é caracterizado por planos ligados por rampas, o que traz uma imagem relativamente ondulada e acidentada, com a altitude variando entre 1.000 e 1.200 metros,[38] sendo a altitude média geralmente fixada em 1.017 metros.[10] Predominam declividades entre 5% e 15%.[37] A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas.[38]

Clima

O clima do município é tropical com estação seca (Köppen Aw).[40] Como Anápolis está em uma altitude elevada, as temperaturas são mais amenas.[41][42]

A temperatura, ao longo do ano, oscila entre mínima média de 18 °C e máxima média de 28 °C.[43] Existem duas estações distintas; a da seca, que coincide com o período de temperaturas menores,geralmente de abril a setembro, e a das chuvas, que coincide com o verão.[37] Sendo assim, os meses de agosto e setembro são muito secos e costumam ser quentes, apesar do inverno e as primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano para o outro.[37][43] As temperaturas mínima e máxima absoluta foram de 4 °C e 37 °C, respectivamente.[43]

umidade relativa do ar tem uma variação sazonal. A média mensal fica em torno de 50 a 60% nos meses mais secos (que pode chegar a meados de 20%), mas no período das chuvas ultrapassa a 80%.[44]

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